Eles foram investigados pela acusação de cobrar propina para viabilizar a tramitação de projetos de interesses de terceiros na Câmara Municipal de Guarapari. As investigações, inicialmente, foram conduzidas pela Polícia Civil em 2013. No entanto, como represália às investigações por parte da Chefia da Polícia Civil à época, o delegado responsável pelas investigações, Luiz Carlos Claret Pascoal, titular da Delegacia Patrimonial de Guarapari, foi afastado do caso. Foi afastado com a desculpa de que iria assumir o Plantão no antigo Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Guarapari.
O afastamento foi determinado na ocasião pelo então chefe da Superintendência de Polícia do Interior (SPI), delegado Danilo Bahiense, e foi corroborada pelo então chefe de Polícia Civil, delegado Joel Lyrio Júnior.
Entre idas e vindas na Justiça, o delegado Pascoal ganhou o direito de permanecer em Guarapari, mas o Tribunal de Justiça acabou entendendo que a transferência de um profissional tem de ser levado em conta a necessidade da Administração da instituição. E hoje o delegado Luiz Carlos Pascoal encontra-se na Delegacia de Marechal Floriano.
Diferente da antiga Chefia de Polícia Civil, o Ministério Público Estadual não se intimidou por qualquer tipo de pressão. Deu sequência ao Inquérito e no dia 26 de agosto deste ano ofereceu denúncia em desfavor dos vereadores Rogério Capistrano Marques, Jorge Ramos de Moraes e Marcial Souza Almeida. E no dia 21 de setembro a denúncia foi aceita pelo Juízo. Não foi pedido afastamento dos três vereadores e o processo tramita em segredo de Justiça.