A Revista Época acaba de divulgar em seu site que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, entrou em nova fase em sua perspectiva para o futuro político e já começa a analisar pesquisas eleitorais com seu nome para a disputa para Presidente da República, em outubro de 2022.
De acordo com a Época, “Sergio Moro recebe há seis meses pesquisas eleitorais feitas por um instituto e não divulgadas publicamente, em que o seu nome (Moro) é colocado como uma opção para concorrer à Presidência da República em 2022”. A sondagem, informa a revista, é composta das chamadas “perguntas estimuladas”, em que os pesquisadores citam para o entrevistado quais são as opções de resposta.
Ainda de acordo com a Época, desde o primeiro levantamento recebido pelo ministro, “ele já aparecia muito bem colocado, com mais de 15% de intenções de voto”. Afirma a revista que Sergio Moro passou a se debruçar sobre a análise mensal de seu potencial eleitoral, buscando entender os dados dos que, apresentados a uma lista que inclui Jair Bolsonaro, afirmaram que votariam nele para ser o novo “inquilino do Planalto”.
A nota da reportagem concluiu: “O passo, ainda que sutil, é o mais recente de uma série de episódios que revelam o desgaste entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça”.
No final de dezembro de 2019, o Instituto Paraná divulgou pesquisa em que perguntou aos eleitores quem seria o candidato ideal para compor a chapa como candidato a vice-presidente numa eventual disputa pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro. A preferência disparada foi pelo ministro Sergio Moro com 45,6%.
Moro representa o símbolo do combate à corrupção no País, depois de atuar como magistrado na Operação Lava Jato, no âmbito do primeiro grau, em Curitiba. Foi ele o responsável pela primeira condenação de um Presidente da República por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro: colocou Luís Inácio Lula da Silva (PT) na cadeia.
(Foto: Adriano Machado/Reuters)