Pelo menos 59,7% dos brasileiros gostariam de ver o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). É o que aponta pesquisa realizada pelo Instituto Paraná, entre os dias 23 a 27 de maio deste ano, com 2.066 pessoas.
No dia 12 deste mês, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia confirmado que irá indicar o ministro Moro para ocupar uma vaga no STF no ano que vem, quando o decano da Corte, ministro Celso de Melo, se aposenta por completar 75 anos de idade.
Sérgio Moro abandonou a carreia de magistrado – ele era juiz federal – para se dedicar à política, agora como ministro da Justiça. Foi o responsável pela maioria dos processos da Lava Jato, quando era o titular da 12ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Como juiz federal, Moro foi responsável pela condenação de dezenas de políticos e empresários. Dentre os políticos, está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso em Curitiba pela condenação por corrupção e lavagem de dinheiro imposta pelo então juiz federal Sérgio Moro.
A pesquisa do Instituto Paraná foi feita após a declaração do Presidente. O instituto ouviu 2.066 pessoas com 16 anos ou mais em 26 Estados e Distrito Federal e em 168 municípios brasileiros.
Do total dos entrevistados, 33,3% disseram discordar da ida de Sérgio Moro para o Supremo. Já 7,1% não opinaram ou nem souberam responder.
A pesquisa do Instituto Paraná separou o resultado por regiões do País. No Sul, onde Sérgio Moro atuava antes de se tornar ministro da Justiça, ele recebe maior aprovação para se tornar membro da mais Alta Corte do País, o STF: 65,3% disseram sim, contra 27,4% não.
No Sudeste, 62,5% dos entrevistados também concordam que Moro vá para STF, contra 29,2% dos que não gostariam de vê-lo como ministro do Supremo.
Já nas regiões Norte/Centro Oeste, 58,4% dos entrevistados gostariam de ver o atual ministro da Justiça no Supremo, enquanto 34,2% são contra. Por fim, no Nordeste, reduto do petismo e do lulismo, Sérgio Moro teve a maior rejeição para se tornar ministro do STF: 42,4%. Os que gostariam ver Moro no Supremo, entre os entrevistados do Nordeste, o índice é de 52,7%.
Atualmente, o ministro Sérgio Moro trava uma disputa com o Congresso Nacional para ver seu pacote anticrime aprovado, sem alterações. Mas está difícil. O Estadão publica nesta sexta-feira (31/05) que Moro pode sofrer um novo revés, pois o grupo de trabalho que analisa seu pacote anticrime na Câmara dos Deputados deve rejeitar duas das principais medidas da proposta.
Segundo o Estadão, a maioria dos parlamentares é contra manter, no texto, o chamado excludente de ilicitude – que isenta policiais de punição em casos de homicídio em serviço – e o cumprimento de pena após condenação em segunda instância.